[talvez o poema esteja incompleto, não é possível visualizar mais que trechos no google livros]
Andorinha que fizeste
Ninho em minha’alma, uma tarde
E que andas no azul-celeste
Cantando e fazendo alarde;
Que, em horas de forte calma,
Bebeste das crenças minhas,
Fazendo assim de minh’alma
Ribeirão das andorinhas;
Dize lá: por que não voltas
Ao teu recôndito abrigo,
Peregrina de asas soltas,
Que pelas nuvens eu sigo?
Por que vives pelos ares,
Oh! alma de pirilampo!
Quando há frutos nos pomares
E tanta flor pelo campo?
Foge do pranto e do frio,
As leves penas abrindo...
Olha o teu ninho vazio,
Sonho emplumado, e vem vindo...
Ah! já não vens, de asa espalma,
Saciar-te em mim, como vinhas...
Era então esta minh’alma
Ribeirão das andorinhas!
[Bernardino da Costa LOPES, Val de Lírios, Rio, 1900]
retratos de memória, frases diversas, fotos, ilustrações, coisas sem importância alguma & variedades de todo o gênero
"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite
Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]
"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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Vou responder à sua pergunta: o poema acima está completo. Estive recentemente na Biblioteca Nacional aqui no RJ e verifiquei que está completo. Gosto muito de B. Lopes e tenho aos poucos colocado um ou outro poema no blog. Hoje postei um... Bom trabalho. Parabéns. Um abraço.
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