"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Rinocerontes: chifre milagroso e desdobramentos


A SANGUE-FRIO: Rinoceronte morto e sem os chifres na África do Sul. Traficantes mataram 333 animais em 2010 e 341 em 2011 (Foto: Reuters Staff/Reuters)


Um genocídio selvagem

O chifre de rinoceronte, considerado milagroso por muitos chineses, movimenta uma caçada crescente. Duas subespécies do animal acabam de ser extintas.

Peter Moon (Revista Época)

US$ 100 mil. Esse é o preço do quilo do chifre de rinoceronte no mercado ilegal de Hong Kong. Os compradores são ricaços adeptos da medicina tradicional chinesa, segundo a qual o chifre de rinoceronte tem propriedades curativas quase ilimitadas. De acordo com manuscritos chineses do século XVI, o pó do chifre macerado serve para curar todo tipo de febre e enxaqueca, ansiedade, hemorragia, varíola, reumatismo – e até exorcizar possessões demoníacas. Só não é afrodisíaco (nesse caso, o indicado é a genitália dos tigres).

Tamanha demanda começa a causar danos permanentes à espécie. Na semana passada, duas subespécies de rinocerontes foram consideradas oficialmente extintas. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) anunciou que o último rinoceronte-javanês do Vietnã foi morto em 2010. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) informou ter sido encontrada, em março, a carcaça do último rinoceronte-negro da África Ocidental, ou rinoceronte-negro-do-norte. Faltavam os chifres.

(...)

Matéria/reportagem completa em:

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