A SANGUE-FRIO: Rinoceronte morto e sem os chifres na África do Sul. Traficantes mataram 333 animais em 2010 e 341 em 2011 (Foto: Reuters Staff/Reuters)
Um genocídio selvagem
O chifre de rinoceronte, considerado milagroso por muitos chineses, movimenta uma caçada crescente. Duas subespécies do animal acabam de ser extintas.
Peter Moon (Revista Época)
US$ 100 mil. Esse é o preço do quilo do chifre de rinoceronte no mercado ilegal de Hong Kong. Os compradores são ricaços adeptos da medicina tradicional chinesa, segundo a qual o chifre de rinoceronte tem propriedades curativas quase ilimitadas. De acordo com manuscritos chineses do século XVI, o pó do chifre macerado serve para curar todo tipo de febre e enxaqueca, ansiedade, hemorragia, varíola, reumatismo – e até exorcizar possessões demoníacas. Só não é afrodisíaco (nesse caso, o indicado é a genitália dos tigres).
Tamanha demanda começa a causar danos permanentes à espécie. Na semana passada, duas subespécies de rinocerontes foram consideradas oficialmente extintas. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) anunciou que o último rinoceronte-javanês do Vietnã foi morto em 2010. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) informou ter sido encontrada, em março, a carcaça do último rinoceronte-negro da África Ocidental, ou rinoceronte-negro-do-norte. Faltavam os chifres.
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