Os dois sábios (Khalil Gibran)
Há muito tempo, na antiga cidade de Afkar, viviam dois sábios que detestavam a sabedoria um do outro e procuravam menosprezá-la. Pois um deles negava a existência dos deuses, enquanto o outro era religioso. Certo dia os dois se encontravam na praça do mercado e, no meio de seus seguidores, começaram a discutir e debater a existência ou não-existência dos deuses. Depois de horas de altercações, eles se separaram.
Naquela noite o cético foi ao templo e prosternou-se diante do altar, rezando e pedindo aos deuses que perdoassem seu passado.
Na mesma hora, o outro sábio, que havia defendido os deuses, queimou seus livros sagrados. Pois havia se tornado cético.
[Khalil Gibran, “O louco”, trad. Dinah Abreu Azevedo, São Paulo, Aquariana, 2003, p. 57 - (Coleção Lado B)]
retratos de memória, frases diversas, fotos, ilustrações, coisas sem importância alguma & variedades de todo o gênero
"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite
Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]
"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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