"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Grupos de risco DST/Aids

GRUPOS DE RISCO (DST/AIDS)

[AIDS] O padre Charbonneau, embora afirme os homossexuais/toxicômanos como “grupos de alto risco”, assume que “a homossexualidade não é, portanto, o reduto da Aids. Sabe-se hoje em dia que se propaga igualmente e cada vez mais através do contato heterossexual.”
[Paul-Eugène CHARBONNEAU, Aids: prevenção, escola, 6ª ed., São Paulo, Paulus, 1987, p. 30]
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[AIDS] Afirma-se ainda que “pesquisas têm demonstrado que a desinformação e os preconceitos sexuais vêm à tona, com muita violência, devido ao cataclismo provocado pela AIDS nas águas da sexualidade. Os homossexuais masculinos ‘declarados’, tidos até há pouco como o único grupo de risco - ou, pelo menos, o incomparavelmente maior -, passaram a repartir esse ‘privilégio’ com pais de família, pacatas esposas, crianças e outros grupos considerados insuspeitos.”
[Naumi de VASCONCELOS, Sexo: questão de método, 3ª ed., São Paulo, Moderna, 1994, p. 57 (Coleção polêmica)]
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[AIDS] Em publicação mais atual (em termos), há informação de que “A AIDS é hoje uma epidemia fora de controle. E a humanidade inteira, um grande grupo de risco. Diagnosticada há pouco mais de dez anos como uma doença restrita a determinados grupos humanos - sobretudo o dos homossexuais masculinos e o dos usuários de drogas injetáveis - ela passou a atacar indiscriminadamente crianças, jovens e adultos de ambos os sexos. (...) Acreditava-se também, há pouco mais de dez anos, que a AIDS fosse uma doença essencialmente masculina. A proporção, no Brasil, em 1983, era de uma mulher contaminada para cada 31 homens. Temos, hoje, entre nós, uma mulher contaminada para cada quatro homens. E o contágio dessas mulheres não se deu apenas por transfusão de sangue ou pelo uso de drogas injetáveis, mas através da prática de sexo com seus maridos ou companheiros. As relações heterossexuais são, atualmente, a principal forma de contágio.”
[Albertina DUARTE, Gravidez na adolescência, 4ª ed., Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, 2002, pp. 44/45]
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[DST/AIDS] Sidney Roberto NADAL e Carmen Ruth MANZIONE, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia - SBCP, no texto “Identificação dos grupos de risco para as doenças sexualmente transmitidas” propõem a substituição do termo “grupo de risco” por “comportamento de risco”: “Do exposto, podemos concluir que a multiplicação dos grupos de risco para aquisição de DST/AIDS fez com que praticamente toda a população sexualmente ativa possa se contagiar. Além disso, acredita-se que o termo "grupo de risco", além de discriminatório, está desatualizado, e que as chances de infecção são relacionadas mais ao comportamento que à opção sexual. Desta forma, faz-se necessário substituir o "grupo de risco" para "comportamento de risco" ao se avaliar as chances de contaminação pelas DST.”


[http://www.sbcp.org.br/revista/nbr232/P128_129.htm - acesso: 25/mai/2011]

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“Que os sensíveis expressem sua sensibilidade, os dinâmicos abram seus caminhos, os mais fortes carreguem o peso, os mais ricos paguem a conta. Não importa se homem ou mulher, mas, sim, se mais aptos, naquela circunstância, para o papel em questão. A própria natureza de nossa fisiologia indica o que é melhor, mais fácil e confortável ou possível para cada um. Vamos então, nos basear mais naquilo que é real, verdadeiro e, superando preconceitos culturais e sociais, escolher uma vida com mais liberdade. Nós todos, homens e mulheres!”
[Beatriz Monteiro da CUNHA, Amor de sexualidade: várias dicas, São Paulo, Evoluir, 2002, p. 45]

2 comentários:

  1. Essas informações foram coletadas por conta da afirmação/pergunta de uma professora durante uma conversa sobre liberdade de opção sexual, no refeitório: "mas os homossexuais não são grupo de risco?". Na ocasião dissemos a ela que já foram, mas que atualmente são bem mais cuidadodos, esclarecidos e protegidos que os heterossexuais.

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  2. COMPLEMENTAÇÃO:

    "Os homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que os homens da população geral. As taxas são ainda mais altas no México, na Tailândia e na Zâmbia, de acordo com a agência da ONU. As taxas de infecção pelo HIV entre os transexuais variam de 8 a 68 por cento, dependendo do país."

    [http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,diretrizes-da-onu-sobre-hiv-ajudarao-homossexuais-e-transexuais,735325,0.htm] acesso: 28/06/2011

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