"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Inscrição da porta do inferno (versão "completa"? - Dante)


A quem vai à cidade condenada,

A quem vai ao tormento derradeiro,

A quem vai ser precito, eu dou entrada.

Fez-me em sua justiça um alto obreiro:

Criaram-me o Poder que tudo alcança,

A suprema Razão, o Amor primeiro.

Eterna hei-de existir sem ter mudança;

A mais antiga sou das criaturas:

Ó vós, que entrais, dizei adeus à esp’rança.

 

[Dante Alighieri, O inferno (de A divina comédia), texto italiano e tradução de Domingos Ennes, Cia Brasil Editora, São Paulo, 1947, p. 29 (Canto III)]

 
Precito: adj. e s.m. Réprobo; condenado; maldito.

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