A quem vai à cidade condenada,
A quem vai ao tormento
derradeiro,
A quem vai ser precito, eu dou
entrada.
Fez-me em sua justiça um alto obreiro:
Criaram-me o Poder que tudo
alcança,
A suprema Razão, o Amor primeiro.
Eterna hei-de existir sem ter mudança;
A mais antiga sou das criaturas:
Ó vós, que entrais, dizei adeus à
esp’rança.
[Dante Alighieri, O
inferno (de A divina comédia), texto italiano e tradução de Domingos Ennes,
Cia Brasil Editora, São Paulo, 1947, p. 29 (Canto III)]
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