***[por motivos de ordem técnica o vídeo foi retirado]***
Esta é a “parte/seção/parágrafo” XI (onze) do “capítulo”
intitulado “A canção de/da embriaguez” ou “A canção bêbada”, do Livro 4º de “Assim
falou (ou falava) Zaratustra: um livro para todos e para ninguém”, de Friedrich
W. Nietzsche.
Não é literalmente conforme nenhuma tradução específica,
foram utilizadas as traduções de Mário Ferreira dos Santos (Vozes), Rubens
Rodrigues Torres Filho (Abril/Nova Cultural) e José Mendes de Souza (Ediouro?)
e algumas outras de memória (em resumo: uma "salada" ou um "mix"). O tema é a “alegria”, que em alguns textos aparece
também como “prazer”.
Segue texto da tradução de José Mendes de Souza (disponível/encontrado
em pdf em algum local da rede).
“Toda a alegria quer a eternidade de todas as coisas, que
mal, quer fezes, quer inebriante meia-noite e quer sepulturas, quer o consolo
das lágrimas, das sepulturas, quer o dourado crepúsculo...
Que não há de querer a alegria! É mais sedenta, mais
cordial, mais terrível, mais secreta que toda a dor: quer-se a si mesma,
morde-se a si mesma, agita-se nela a vontade da anilha; quer amor, quer ódio,
nada na abundância, dá, arroja para longe de si, suplica que a aceitem,
agradece a quem a recebe, quereria ser odiada; é tão rica que tem sede de dor,
de inferno, de ódio, de vergonha, do mundo, porque este mundo, ah, já o
conheceis.
Homens superiores, por vós suspira a alegria, a desenfreada,
a bem-aventurada; suspira pela vossa malograda dor. Toda a alegria eterna
suspira pelas coisas malogradas.
Pois toda a alegria se estima a si mesma; por isso quer
também o sofrimento! Ó! Felicidade! Ó! dor! Desfibra-te coração! Aprendei-o,
homens superiores: a alegria quer a eternidade!
A alegria quer a eternidade de todas as coisas.
Quer profunda eternidade.”
Para uma alegria que oportunamente não ouviu.
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