"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

69 (O Rubaiyat - Omar Khayyam)

69 (O Rubaiyat - Omar Khayyam)

Ouço dizer que os amantes
Do vinho vão para o Inferno.
Não há verdades na vida,
Mas há evidentes mentiras.

Se porventura os amantes
Do amor e do vinho vão
Para o Inferno, então vazio
Deve estar o Paraíso.

[O Rubaiyat, Omar Khayyam - trad. Manuel Bandeira, da versão de Franz Toussaint, Ilustrações de Eugene Karlin - Ed. Tecnoprint/Ediouro, Rio de Janeiro, s/d, p. 69]

E no inferno o Diabo, como parece ter então muito tempo, deve estar agora lendo as Sagradas Escrituras. [fc]

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