"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ler livros pela segunda vez pode ser terapêutico (revista Galileu)

Ler livros pela segunda vez pode ser terapêutico

A dica também vale para filmes assistidos mais de uma vez.

por Redação Galileu (Revista Galileu)
Quem lê o mesmo livro ou assiste ao mesmo filme mais de uma vez já tem uma desculpa para dar aos familiares e amigos. A mania não tem nada a ver com vício ou comportamento obsessivo, mas é um esforço consciente para encontrar camadas de significado mais profundas no material e refletir sobre o próprio amadurecimento.
Esse é o resultado de uma pesquisa liderada por Cristel Russel, professor da American University, nos Estados Unidos. Ele entrevistou 23 pessoas para identificar as razões para o que chamou de “re-consumo” de um material e descobriu que o comportamento não é uma tentativa de reviver o passado, mas uma busca por significado, que pode ter grande valor emocional.
O re-consumo pode, inclusive, servir como uma espécie de terapia, uma vez que permite que a pessoa analise como sua interpretação do livro ou filme mudou com o decorrer do tempo. Segundo os cientistas, isso pode servir de contraste entre o eu atual e o eu do passado. Eles citam como exemplo o caso de um participante do estudo. Pastor evangélico, ele releu a Bíblia inúmeras vezes. De acordo com sua idade, interpretava passagens de modo diferente – um sinal de crescimento.
O resultado da pesquisa, publicada na revista Journal of Consumer Research, pode ser usado pelo mercado de livros. Segundo Russel, os vendedores sempre tentam trazer experiências novas e frescas, mas as velhas experiências também podem ser repetidas de modo a abrir novas perspectivas.

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