Livro lista 5 principais arrependimentos de pessoas prestes a morrer
Enfermeira australiana relatou experiências com pacientes terminais e diz que aprendeu que não se deve acumular frustrações.
02/02/2012 09h57 - Atualizado em 02/02/2012 10h18 [Portal G1]
Uma enfermeira australiana lançou um livro com uma lista de cinco principais arrependimentos de pessoas que estão prestes a morrer.
Bronnie Ware, que é especialista em cuidados paliativos e doentes terminais, afirma que reuniu em seu livro 'confissões honestas e francas de pessoas em seus leitos de morte', confissões que, segundo ela, mudaram sua vida.
'Encontrei uma lista grande de arrependimentos, mas, no livro, me concentrei nos cinco mais comuns', disse a autora à BBC.
'O principal arrependimento de muitas pessoas é o de não ter tido coragem de fazer o que realmente queriam e não o que outros esperavam que fizessem', acrescentou.
'Outro arrependimento comum é de não terem trabalhado um pouco menos, o que fez com que perdessem muitas coisas em suas vidas', disse Ware.
O livro de Ware, intitulado The Top Five Regrets of the Dying - A Life Transformed by the Dearly Departing ('Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte', em tradução livre) relata as experiências da autora durante anos de trabalho em cuidados de doentes terminais.
Os pacientes de Ware, geralmente, eram pessoas que já não tinham chances de recuperação e podiam morrer a qualquer momento.
A enfermeira afirma que isto permitiu que ela compartilhasse com estes pacientes 'momentos incrivelmente especiais porque passei com eles as últimas três a doze semanas de suas vidas'.
Texto viral
Ware conta que a ideia para o livro surgiu depois que um artigo que publicou em seu blog transformou-se em um texto viral, espalhando-se pela web.
'As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a própria mortalidade', afirmou.
'Cada pessoa experimenta uma série de emoções, como é esperado, que inclui negação, medo, arrependimento, mais negação e, em algum momento, aceitação.'
A enfermeira garante que cada um dos pacientes que tratou 'encontrou sua paz antes de partir'.
Ware disse à BBC que, durante os anos em que trabalhou com estes pacientes, percebeu também que muitos se arrependiam de não terem tido 'coragem para expressar seus sentimentos'.
'E isso se aplica tanto aos sentimentos positivos quanto aos negativos.'
'Muitos diziam: 'queria ter tido coragem de falar que não gostava de uma coisa', ou então que queriam ter tido coragem de falar às pessoas o que realmente sentiam por elas', afirmou.
Amigos
Bronnie Ware também destacou outro arrependimento que notou entre seus pacientes: o de ter perdido o contato com os amigos.
A enfermeira afirmou que os amigos são importantes no fim da vida, uma vez que os parentes que acompanham um doente terminal também enfrentam muita dor.
Uma pessoa no leito de morte, segundo Ware, sente falta dos amigos, mas, muitas vezes, a perda de contato ao longo dos anos impede um reencontro.
A enfermeira também chama a atenção para o fato de que as pessoas se arrependem do que não fizeram. Na maioria dos casos observados por ela, as pessoas não pareciam se arrepender de algo que tinham feito.
A autora afirma que espera que seu livro 'ajude as pessoas a agir hoje e a não deixar as coisas para amanhã e se arrepender depois'.
[http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/02/livro-lista-5-principais-arrependimentos-de-pessoas-prestes-a-morrer.html]
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Veja os cinco maiores arrependimentos daqueles que estão para morrer
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Veja os cinco maiores arrependimentos daqueles que estão para morrer
09/02/2012 - 12h19 (site da Folha de São Paulo)
Uma enfermeira que aconselhou muitas pessoas em seus últimos dias de vida escreveu um livro com os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer.
Bronnie Ware é um enfermeira que passou muitos anos trabalhando com cuidados paliativos, cuidando de pacientes em seus últimos três meses de vida. Ela conta que os pacientes ganharam uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas e que podemos aprender muito desta sabedoria.
"Quando questionados sobre desejos e arrependimentos, alguns temas comuns surgiam repetidamente", disse Bronnie ao jornal britânico "The Guardian".
Confira a lista e os comentários da enfermeira:
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse
"Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais."
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto
"Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu trabalhei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a companhia de seus parceiros. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho."
3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos
"Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, ele se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e resentimento que eles carregavam."
4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos
"Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sempre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muito arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo."
5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz
"Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso 'conforto' com as coisas que são familiares O medo da mudança fez com que ele fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo."
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