"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Raças na espécie humana?

Raças na espécie humana?

Por evolução, quando grupos de indivíduos (populações) vivem separados há muito tempo podem passar a apresentar várias diferenças entre si. Nesse caso, dizemos que eles formam subespécies ou raças geográficas. Se continuarem separadas, essas populações podem formar novas espécies.

Enquanto as espécies são identificadas por dois nomes (Homo erectus, Homo habilis etc.), as subespécies são identificadas por três. A cascavel brasileira, por exemplo, é chamada Crotalus terrificus terrificus e a cascavel da Venezuela, Crotalus terrificus durissus. Ambas pertencem à mesma espécie: Crotalus terrificus.

Para afirmar que duas populações pertencem a raças ou subespécies diferentes, é necessário que haja certo número de características genéticas que, em conjunto, sejam exclusivas de uma das populações. No caso da espécie humana, porém, a diferença genética entre as populações é muito pequena. Entre duas pessoas escolhidas ao acaso, a diferença entre seus genes é de apenas 0,2%.

Não houve entre os seres humanos isolamento geográfico por tempo suficiente para formar raças ou subespécies. Na realidade, há apenas uma raça, a raça humana.

A idéia de “raça pura” é absurda e indesejável, pois a variedade genética em uma espécie é importante para sua sobrevivência. E também é absurdo falar em “raça superior”, ignorando a grande diversidade genética em cada população.

O racismo, isto é, a idéia de que há raças superiores a outras, não tem base científica. Ele serve apenas de pretexto para justificar a dominação e a exploração de um grupo por outro.

[Fernando Gewandsznajder, Ulisses Capozzoli, Origem e história da vida, 12ª ed., São Paulo, Ática, 2005, p. 45]

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