"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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domingo, 6 de novembro de 2011

Livro: Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas (Michael Shermer)

Livro: Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas (Michael Shermer)

"O livro do psicólogo Michael Shermer é uma excelente introdução ao raciocínio cético. Partindo de crenças mais ou menos generalizadas como experiências de quase morte e abduções por ETs, ele desmonta algumas das pseudociências e superstições que assolam nossos tempos e, ao fazê-lo, aproveita para explicar como a ciência de verdade funciona. O texto é fluido e informativo. Em quase nenhum momento Shermer debocha das crenças descritas, mesmo as mais exóticas. O autor conquista a confiança e a simpatia do leitor declarando-se ele próprio um ex-praticante de várias das terapias alternativas que critica no livro." (Hélio Schwartsman) JSN Editora | trad. Luis Reyes Gil | prefácio de Stephen Jay Gould | 384 págs. | R$ 65
[texto de Hélio Schwartsman no jornal Folha de São Paulo, caderno Ilustríssima, de 06/nov/2011]http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il0611201101.htm

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Poucos podem falar com mais autoridade pessoal das crenças humanas do que Michael Shermer. Ele conta que se tornou cético depois de uma odisseia de dez anos pelo mundo da saúde alternativa e das terapias para melhorar a aptidão física. Em seu livro, Shermer aborda sob uma ótica estritamente científica temas como a negação do Holocausto, o criacionismo, as experiências de quase morte e a paranormalidade. Segundo ele, nada supera o método científico, que envolve a obtenção de dados para formular e testar as explicações dos fenômenos naturais, desenvolvido inicialmente nos séculos XVI e XVII.
Para Shermer, as pessoas acreditam em coisas estranhas porque faz parte da natureza humana procurar padrões, conexões de eventos, mesmo onde na verdade não existe nada. Seu livro serve como uma bússola ajudando a navegar pelo “frequentemente confuso desfile de afirmações e crenças que nos são apresentadas como histórias e padrões que fazem sentido”. Mas, acima de tudo, o autor demonstra que o cético não é um cínico nem um niilista. “O ceticismo é uma abordagem provisória das afirmações, é a aplicação da razão a todas as ideias”, diz. “O ceticismo é um método, não uma posição. Os céticos não entram numa investigação fechados à possibilidade de que o fenômeno seja real ou a afirmação seja verdadeira. Quando dizemos que somos céticos, queremos dizer que precisamos ver evidências concretas antes de acreditar.”

Michael Shermer | 384 páginas | 15,5 x 23,0 cm | ISBN 978-85-85985-30-1 | R$ 65,00

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