"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Schopenhauer: a aposta

Schopenhauer: a aposta

(...) Fazia suas refeições, normalmente, no Hotel Inglês. Antes do início de cada refeição colocava sempre uma moeda de ouro na mesa, diante dele, e ao fim guardava-a de volta no bolso. Foi certamente algum garção indignado que por fim lhe perguntou o significado daquele invariável cerimonial. Schopenhauer respondeu que era uma aposta silenciosa que fazia consigo mesmo, comprometendo-se ele a depositar a moeda na caixa dos pobres no primeiro dia que os oficiais ingleses, também fregueses de lá, falassem de alguma coisa que não fosse cavalos, mulheres ou cachorros.

Arthur Schopenhauer, Dores do mundo: (o amor, a morte, a arte, a moral, a religião, a política, o home e a sociedade), Rio de Janeiro, Ediouro, [s.d.], (coleção Universidade).

• Assuntos que obviamente variaram no tempo, conforme as adaptações necessárias. Fosse ainda em terras de Vera/Santa Cruz os cavalos e cachorros seriam substituídos por automóveis e futebol.

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