Linguagem: o que de mais lúcido se escreveu sobre (J. L. Borges)
Esperanças e utopias à parte, talvez o que de mais lúcido se tenha escrito sobre a linguagem são estas palavras de Chesterton: “O homem sabe que há na alma matizes mais desconcertantes, mas inumeráveis e mais anônimos que as cores de uma floresta outonal... Crê, no entanto, que esses matizes, em todas as suas fusões e conversões, são representáveis com precisão por um mecanismo arbitrário de grunhidos e chiados. Crê que de dentro de um corretor da bolsa possam realmente sair ruídos capazes de significar todos os mistérios da memória e todas as agonias do desejo” (G. F. Watts, p. 88, 1904).
[cf. Jorge Luis Borges, Outras inquisições: (1952), Davi Arrigucci Jr. (trad.), São Paulo, Companhia das Letras, 2007, p. 125/6 (O idioma analítico de John Wilkins: 121-26)]
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