"Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito. (...) "
[Álvaro de Campos (F. Pessoa), Fragmento de Ode I, in: "Fernando Pessoa: poesia", por Adolfo Casais Monteiro, 10ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1989, p. 76 (col. Nossos Clássicos)]

"(...) noites como esta, em que já não me será dado viver."
[Jostein Gaarder, "A garota das laranjas", Trad. Luiz Antônio de Araújo, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 127 (citação possivelmente de outrem, constante também em alguma página anterior, provavelmente)]
_____________________________________________________________________________________________________

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A raposa


RAPOSA
Onde a raposa
Esconde
Sua esperteza?
Acho que nos olhos,
Sempre atentos
Aos movimentos da presa.
Pode ser nas orelhas,
Sábias conhecedoras
Dos sons da natureza.
Quem sabe no focinho
Longo, fino, elegante,
De infalível destreza.
Ou talvez,
Nas patas ligeiras,
Na cauda longa,
No pelo lindo e macio,
Igual manto de princesa.
Porém, se estiver
Em seu coração,
Não será nenhuma
Surpresa.
["Japonesinhos", Lalau e Laurabeatriz, São Paulo, Print House, 2008]

Um comentário: